O que você pensa quando se fala sobre públicos externos? Se a sua resposta foi, exclusivamente, ‘clientes’, é sinal de que alguma coisa está errada. Não importa se a sua empresa atua no ramo comercial ou industrial, possuir um bom relacionamento com os fornecedores pode ser a chave para o sucesso. Na verdade, podemos considerar os fornecedores como verdadeiros parceiros nos negócios, quase como uma extensão do próprio empreendimento, já que são eles que fornecem os insumos necessários para a continuidade das atividades da empresa.
A importância desse público é tanta que, hoje, um dos conceitos que estão sendo mais desenvolvidos nas grandes empresas é a cadeia de suprimentos. Basicamente, parte-se do princípio de que sempre vai existir uma rede de negócios interligados, com o objetivo em comum de entregar ao consumidor final os produtos e serviços por ele requisitados. Em outras palavras: considerar as empresas como entidades isoladas e autônomas é um erro que pode reverberar diretamente na produtividade e lucratividade de todo o sistema.
A relação com os fornecedores deve, portanto, ser trabalhada da melhor forma possível. Caso contrário, todo o processo estará comprometido. E é por esse motivo que abordamos, nesse post, as principais dicas para você alinhar seus processos com esse público tão importante. Confira!
1 – Fique atento às condições estabelecidas
Antes de formalizar a parceria, é fundamental verificar quais são as condições de entrega do fornecedor e os serviços por ele oferecidos. Prazos, armazenamento e preços são aspectos importantes a serem avaliados — principalmente quando falamos da rápida reposição de estoques caso haja alguma sazonalidade não prevista.
Lembre-se de que a ausência de mercadorias ou matérias-primas pode impactar negativamente seu quadro de vendas, enquanto a compra em excesso representa inúmeros custos — principalmente relativos à depreciação.
2 – Não caia na armadilha dos preços baixos
O ideal é, sim, procurar aquele fornecedor que ofereça as melhores condições com os menores preços possíveis. No entanto, quando o assunto é estoque, não podemos tomar como base de escolha unicamente o valor dos serviços e dos insumos oferecidos. Como já dito, o padrão deve repousar nas condições de entrega.
Ao procurar um fornecedor, é fundamental elaborar uma lista de exigências a serem cumpridas para que, assim, a decisão possa ser tomada considerando-se, apenas, aquelas empresas que ofereçam essas condições mínimas. Não se esqueça de que, aos olhos do consumidor final, a venda de um produto danificado, mesmo que o dano tenha ocorrido por negligência do fornecedor, será de responsabilidade da empresa.
3 – Faça seu próprio mix
Um cenário muito comum entre as pequenas empresas, principalmente quando nos referimos às lojas, é encontrar empreendedores fazendo negócios com uma série de diferentes fornecedores. A prática possui tanto vantagens quanto desvantagens. Se por um lado as dificuldades de se controlar as finanças são maiores nesse modelo — quanto mais fornecedores, mais dívidas com origens distintas —, há, por outro, uma maior possibilidade de negociação, sem contar o fato de que é possível abandonar um ou outro, caso os preços apresentem aumento, sem grandes prejuízos logísticos.
O ideal, portanto, é fazer um mix entre os dois modelos. Não só um, mas também não um milhão. Como? Reduzindo os parceiros em excesso e trabalhando em ações de relacionamento direcionadas exclusivamente a seus fornecedores mais importantes. Poucos e bons é melhor que milhares razoáveis.
4 – Alinhe seus processos
Já falamos, no início deste post, que a cadeia de suprimentos é o conceito que vem sendo mais desenvolvido dentro das organizações, certo? Embora normalmente imaginemos uma rede interligada de grandes empresas, a ideia é perfeitamente aplicável aos pequenos e médios empreendimentos. O segredo é que o foco deve ser dado tanto internamente, através da organização das demandas e da previsão de estoques, quanto externamente, realizando pedidos antecipados de acordo com o seu planejamento externo.
É fundamental que um relacionamento sólido seja estabelecido, no sentido de que as duas empresas compreendam suas necessidades mutuamente e consigam se complementar — reuniões, por exemplo, são indispensáveis para que essa relação seja estabelecida com sucesso. Dessa forma, é possível flexibilizar melhor os preços e as formas de pagamento, sem contar que, com processos alinhados, os fornecedores podem atuar previamente para atender suas demandas, evitando uma eventual falta de insumos.
5 – Reconheça a importância dos fornecedores
Podemos dizer que existe um paradoxo quando se dá uma ênfase maior aos clientes, ignorando totalmente o relacionamento com os fornecedores. Não há consumo sem produtos a serem vendidos. Uma ação planejada em conjunto com os fornecedores possibilita, muitas vezes, a precificação mais competitiva de produtos e serviços, o que pode garantir o seu sucesso no mercado. Portanto, reavalie a sua política com relação aos fornecedores e crie boas relações com eles.
Você já se empenha em ter um bom relacionamento com seus fornecedores? Compartilhe essa sua experiência conosco!
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