Como incluir um bom planejamento financeiro ao seu negócio?

Infelizmente, no Brasil, não temos o costume de fazer um bom planejamento financeiro e o mesmo vale para as empresas na hora de elaborarem o seu Plano de Negócios. Esse fato, inclusive, é apontado por especialistas como uma das razões para que nos 2 primeiros anos de existência, mais da metade das empresas brasileiras simplesmente deixem de existir.

 

Pode até parecer, mas um planejamento financeiro não é tão difícil de ser feito quanto possa parecer. Primeiramente, além de planos futuros, é claro, há que se ter muita disciplina e objetivos claros de médio e de longo prazo.

 

Disciplina é fundamental

Quando se define quanto se investirá em um negócio, devem ser considerados todos os fatores imaginados para a concepção do negócio. Os custos e despesas, tanto fixos como variáveis, devem ser previstos e os impactos devem ser enviados para o fluxo de caixa planejado, o qual projetará as entradas e saídas de recursos financeiros da sua empresa.

 

O texto relacionado ao seu plano não deixará isso claro, mas a alimentação de dados em um sistema parametrizado é fundamental para que o negócio tenha mais chances de dar certo. Pode parecer mais cômodo e, devido ao seu nível de segurança em operar em determinado mercado, você pode começar a deixar de registrar tudo o que ocorre, mas é fundamental que a disciplina para anotar absolutamente tudo o que ocorre na empresa seja mantida. Caso contrário, o negócio tende a não ser algo duradouro.

 

O que é um plano de negócios e porque ele é tão importante

O Plano de Negócios é a primeira ferramenta de gerenciamento de uma empresa. Mais especificamente falando da parte financeira, esta possui importância adicional e, talvez, maior que as outras áreas. Mas por que? O setor produtivo é fundamental, assim como o de relacionamento com o cliente, mas se não houver dinheiro para se trabalhar e operar, você não poderá adquirir sequer uma agulha!

 

O planejamento financeiro deve estar ligado a todas as outras áreas, sem independência. Que tal ilustrarmos essa necessidade de conexão para ficar mais claro?

 

Imagine que uma empresa gostaria de ser a mais lembrada por ter produtos de qualidade superior e inovação. Para isso, deve ter mais recursos financeiros destinados à pesquisa e desenvolvimento de produtos, além de possuir ótimos e renomados fornecedores com contratos fechados. Também no processo de busca de dados de interesses de clientes, pesquisas têm que ser feitas para identificar as necessidades deles ou, adicionalmente, do que eles necessitam.

 

Para evidenciar tudo isso no Plano de Negócios, é preciso separar a verba destinada à pesquisa e desenvolvimento de produtos, busca de fornecedores e fechamento de contratos de exclusividade, se for o caso, além de destinar verbas que permitam a realização de pesquisas com os potenciais consumidores em campo. Se isso não for feito, a empresa não terá meios de alcançar seus objetivos — e sem recursos financeiros, é impossível!

 

Mas e se uma empresa tiver o objetivo de se tornar a marca mais lembrada em determinado nicho de mercado? Para esse caso, ela precisará separar muitos recursos para a produção de qualidade e, é claro, para verbas publicitárias robustas e que atinjam em cheio o seu público-alvo.

 

Nessa situação, também, o planejamento financeiro do Plano de Negócios deve estar conectado com a parte de marketing, destinando uma parcela maior de recursos financeiros para a publicidade, objetivando aumentar o nível de conhecimento da marca ou do produto.


 

Saiba reconhecer a sua situação, seja ela qual for

Quando um negócio vai bem, é muito fácil encontrar um responsável e, normalmente, este é o próprio dono. Agora, quando ele vai mal, dificilmente um culpado aparece e o dono nunca quer carregar essa culpa. Mas quem toca o negócio é quem pode compreendê-lo melhor, por isso, não importa o que ocorra: a maior parcela de responsabilidade sempre será do dono!

 

Também caberá a ele prever cenários diversos para o negócio, pois não é porque foi planejado um aumento de 5% ao mês nas vendas durante os 6 primeiros meses do negócio que isso necessariamente terá que acontecer.

 

Fatores externos, dificílimos de serem previstos, são os que mais influenciam negativamente em um negócio. Podemos citar exemplos como uma recessão, novas regulamentações governamentais, entrada de um novo concorrente forte no mercado, etc. Esses fatores, embora não desejados, podem ser antecipados no Plano de Negócios, assim como as ações a serem tomadas na eventualidade de eles ocorrerem.

 

As ações são mais importantes que os planos

Por fim, por mais que você tenha um Plano de Negócios muito bem escrito, uma equipe bem treinada e recursos suficientes para fazer seus planos se transformarem em realidade, o que mais valerá no seu Plano de Negócios, de fato, é o conjunto de ações efetivamente tomadas. Elas definirão se o seu plano foi bem desenhado e, com o passar do tempo, mostrarão o potencial de crescimento que o seu negócio possui.

 

Como anda o planejamento financeiro na sua empresa? Continue acompanhando nosso blog e fique por dentro de mais dicas e novidades!

 

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