Ser amigo do meu funcionário pode comprometer os negócios?

Há aspectos positivos e negativos quanto à criação de laços de amizade dentro do contexto de trabalho. Alguns empreendedores preferem se distanciar de seus funcionários, por causa do medo de que uma proximidade acarrete menor produtividade e mais desrespeito às regras da empresa.

Outros empreendedores, ao contrário, entendem que essa proximidade pode gerar bons frutos, como a colaboração entre equipes e a lealdade de funcionários à empresa. Mas quais são exatamente os fatores negativos e positivos dessa relação?

Amizade e namoro

Inicialmente, é importante distinguir dois tipos de relações de proximidade no âmbito da empresa: as de amizade e as de namoro. Relacionamentos de amizade entre funcionários e empregadores costumam ser menos problemáticos, ainda que possuam também seus contratempos. Relações de namoro são mais complicadas, porque envolvem questões de cunho muito pessoal e podem afetar diretamente a qualidade das atividades que são desempenhadas por ambos os profissionais.

Ainda que sejam relações distintas, é importante que você adote uma postura comum na gestão da empresa. Seja ela micro, pequena, média ou grande empresa, devem ser estabelecidas regras claras de relacionamento com os colaboradores, principalmente durante o período de treinamento, para evitar problemas futuros.

Relações saudáveis devem ser encorajadas

Em um contexto de trabalho, é muito comum que relacionamentos das mais variadas espécies surjam entre funcionários e empregadores, porque a maioria do tempo dessas pessoas é de convivência comum, ocasionalmente até maior do que o tempo que a pessoa passa em casa. Nesse sentido, é importante fomentar relações saudáveis, que não sejam nem próximas demais, nem de hostilidade.

No âmbito das empresas, as relações devem permitir a troca civilizada de informações, ainda que pessoais, de modo a não interferir com a qualidade do trabalho. Assim, relacionamentos de amizade e de namoro que geram brigas constantes, fofoca e outros problemas, devem ser evitados. Ao contrário, relacionamentos amistosos, que fomentam boas práticas entre os funcionários, como a integração de equipe e o aumento do dinamismo e da colaboração, devem ser encorajados.

Eventuais prejuízos aos negócios

O que está em jogo para sua empresa? O primeiro problema possível é a confusão entre a vida pessoal e o trabalho exercido. É essencial que haja uma separação desses dois âmbitos, pois aspectos profissionais, como a execução de projetos, podem ser prejudicados por ressentimentos pessoais. Além disso, relações de demasiada proximidade podem acarretar queda da produtividade geral dos funcionários, visto que brincadeiras, confraternizações e conversas de corredor extrapolam o limite do aceitável.

Finalmente, é possível também que essas relações acarretem questionamentos quanto às condições de isonomia entre funcionários. Por exemplo, se um funcionário amigo do chefe é promovido, por mais competente que ele seja, isso gera uma frustração por parte dos outros empregados em relação aos critérios objetivos de realização dessa escolha. Isso pode desestimular funcionários a almejarem progressão de carreira e até mesmo permanecerem na empresa.

A necessária separação entre âmbito pessoal e âmbito profissional

Essa separação é fundamental. É possível que dois amigos tenham posições extremamente contrárias quanto à execução de um projeto ou a uma decisão da empresa e, ainda assim, permaneçam com laços de amizade. O problema é quando esses contextos se confundem, e uma decisão começa a afetar a forma como você toma decisões e gere a empresa. Chefes que são muito amigos de seus funcionários podem ter dificuldades de repreender comportamentos inadequados, realizar críticas (ainda que construtivas) ao trabalho de um colaborador, bem como ter suas relações pessoais afetadas, por exemplo, por decidir demitir alguém. Por essas razões, é ideal que haja a máxima separação entre os dois âmbitos, como uma forma de preservar ambas as relações.

Não deixe que isso afete a produtividade geral

Relações próximas demais podem afetar a produtividade dentro da empresa. As pessoas focam mais na fofoca do corredor do que no trabalho. Além disso, as decisões acabam ficando mais difíceis de serem tomadas, pois o gestor conhece aspectos pessoais da vida dos funcionários. Isso atrapalha seu julgamento objetivo em relação às atividades essenciais da empresa, que devem ser prioridade.

O que o funcionário poder perder com isso?

O funcionário também perde com essas relações de proximidade com o chefe. Além de arriscar o respaldo dos colegas a respeito de suas qualificações profissionais, empregados vistos como “favorecidos” pelo líder são normalmente marginalizados de algumas decisões e reclamações quanto à gestão da empresa.

Como administrar essas relações no contexto empresarial?

O ideal é que as relações no âmbito da empresa sejam as mais profissionais possíveis. Para colocar isso em prática, como chefe, devem-se evitar aproximações excessivas com funcionários. Isso vale também para as redes sociais, onde opiniões políticas, pessoais, acadêmicas e profissionais são frequentemente expostas! Procure também estabelecer regras claras para o relacionamento entre funcionários, como uma política interna da empresa. A partir do momento em que essas relações começam a prejudicar as atividades essenciais, você terá maior respaldo para tomar eventuais decisões de demissão ou remanejamento de equipes.

O que você pensa a respeito desse tema? Você tem mais alguma sugestão ou dúvida? Deixe aqui seus comentários!

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