Fluxo de caixa: por que é tão importante para a empresa e como fazer um?

O sucesso de qualquer empresa depende, em primeiro lugar, da sua saúde financeira. É uma matemática simples: o lucro deve superar os investimentos. A busca pela rentabilidade e liquidez inspira pequenos e grandes empresários, que pretendem acertar em cheio com novos modelos de negócio e produtos muito bem direcionados ao seu público. Porém, muitos empreendedores, inclusive os grandes, ainda se perdem na hora de administrar as finanças da empresa; um descontrole que pode custar todo o seu patrimônio.

Se você está buscando a melhor maneira de controlar o seu fluxo de caixa e garantir o sucesso da sua empresa, esse post pode te ajudar! Veja abaixo algumas dicas e explicações sobre os fundamentos dessa ferramenta tão importante.

O que é?

Fluxo de caixa é a estratégia que permite o controle de toda movimentação financeira diária e de longo prazo de uma empresa. Relacionar todas as entradas (vendas) e saídas (pagamentos), para calcular o saldo (diferença entre entradas e saídas) é o princípio desta ferramenta. E, apesar de parecer simples na teoria, para a realização de um bom fluxo de caixa é preciso dedicação, constância, disciplina e muita organização.

Como fazer?

É como na vida: todos os dias acordamos, tomamos café, nos trocamos, saímos para trabalhar, almoçamos, trabalhamos mais um pouco e voltamos para casa. E apesar das atividades que fogem um pouco desta rotina, ela se mantém; uma constância que orienta e dá sentido à vida. Com o fluxo de caixa, o princípio deve ser o mesmo: o abastecimento das informações financeiras deve acontecer diariamente, de maneira sistemática, e esse controle deve servir como base para as decisões administrativas do negócio.

Seja uma planilha ou, o que é melhor, um sistema online próprio para isso, é preciso separar o fluxo em, no mínimo, três categorias: recebimentos, pagamentos e saldo. Crie em cada uma das categorias ramificações que ajudem na organização. Em recebimentos, considere, por exemplo, vendas diárias por produto e entrada de empréstimos, se houver. Nos pagamentos, inclua todas as compras por fornecedor, investimentos em maquinário, pagamento de impostos e comissões de vendedores além das despesas fixas como aquelas voltadas para infraestrutura, aluguel, internet, luz, água, telefone, bem como os salários dos funcionários, inclusive do contador. Além do fechamento diário de caixa, o fechamento mensal é imprescindível, pois é nesta fase que as despesas do mês são contabilizadas e deduzidas do saldo.

 


Como usar o fluxo de caixa na estratégia da empresa?

Comece com o planejamento

Estipular metas diárias, mensais e anuais de lucratividade é muito interessante e pode ajudar nas tomadas de decisões da empresa. Ter os dados do ano anterior no controle é fundamental para analisar o crescimento mês a mês. Obviamente, o fato de uma empresa não ter um saldo equivalente ou maior do que no mesmo período do ano anterior não deve ser visto como algo aterrorizante, já que o mercado possui oscilações próprias. Mas é uma boa oportunidade para o empresário buscar no contexto interno e externo possíveis motivos para a queda.

Fazendo isso, é possível adotar medidas que amenizem a queda e até prever futuras dificuldades, e se preparar para elas. Se a baixa nas vendas é comum sempre em uma determinada época do mês ou do ano, que tal se preparar para ter uma promoção incrível durante essa fase? Isto é planejamento estratégico.

Fique de olho no que paga aos fornecedores

A sistemática de pagamentos de fornecedores também é fundamental na hora de definir as condições de compra possíveis para os clientes. Se um fornecedor oferece parcelamento máximo em três vezes, por exemplo, o cliente não pode ter melhores condições de parcelamento, para que o caixa não fique negativo. Algumas empresas chegam a falir mesmo tendo lucro, por não darem a este aspecto a devida importância.

Se você faz uma compra com um fornecedor com prazo de pagamento de 15 dias, jamais pode fazer uma promoção dando 30 dias de prazo para os clientes, pois ainda que venda todo o estoque, ficará negativo ou terá que tirar de outras fontes o dinheiro para pagar o fornecedor, o que pode desequilibrar o fluxo de caixa caso você não tenha uma reserva para isso. Alinhar os prazos de pagamento dos diversos fornecedores em uma ou duas datas mensais, mesmo que você tenha que optar por pagar todos em um prazo inferior ao limite dado por alguns deles, é uma maneira de uniformizar as saídas relativas a esse tipo de investimento e ajuda a determinar com mais segurança as condições de compra que você poderá oferecer.

Invista com inteligência no estoque

Planejar o caixa para grandes investimentos sazonais é outra medida importante para a saúde financeira da empresa. Assim como existem momentos em que as vendas caem, existem também os tempos de bonança, como Dia das Mães, Natal, Dia dos Pais e Dia dos Namorados, por exemplo. Nestas épocas é comum investir um pouco mais em estoque e é preciso estar preparado para isso. Destinar mensalmente uma parte do lucro para compras sazonais pode garantir tranquilidade e um aproveitamento adequado do potencial de ganhos nestas fases.

Ter um estoque altamente variado também requer um bom planejamento de caixa, já que a manutenção de toda a variedade exige compras constantes, às vezes de apenas um ou outro produto. Nesses casos, é comum que a empresa compre peças que não precisa no momento apenas para garantir o desconto por volume. Ter uma verba separada para isso é imprescindível.

Inclua as despesas, os imprevistos e uma margem de segurança

Incluir no planejamento de caixa todas as despesas com alguma margem para crescimento de custos, inclusive as taxas bancárias, que aumentam com frequência, garante também uma tranquilidade na hora de administrar o caixa. Separe, também, um percentual de perdas, já que a perda de produtos por estrago, validade e até mesmo roubo interno é bastante comum no comércio.

Você tem alguma estratégia diferente para controlar seu caixa? Compartilhe conosco!

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